Este é apenas um quadro de uma das páginas já desenhadas de O Sopro Sagrado. Depois de quase dez anos sem fazer histórias em quadrinhos, muita coisa mudou em meu processo técnico e criativo, minha forma de ver a produção e o desenvolvimento do trabalho. As últimas coisas que fiz de histórias em quadrinhos na vida (lembrando que, quando digo histórias em quadrinhos, não me refiro às tiras) eram de uma outra parte do meu trabalho. Então, vamos fazer assim: vamos celebrar as HQ's de Laz Muniz antes e depois de O Sopro Sagrado, ok?
Na parte técnica, depois de desenhar as duas primeiras páginas à lápis, em papel layout, descobri algo super factual e que muito me aborreceu. Como farei toda a arte da HQ no lápis e com as cores em aquarela, por mais que eu seja experiente na mesma (não por qualidade, talvez, mas por tempo de trabalho dedicado à técnica) eu percebi que fazer os rascunhos com grafite preta só me atrapalhariam, já que não posso ficar rascunhando e desmanchando dez vezes diretamente no papel para aquarela, para não danificá-lo. Assim sendo, faz-se necessário que, primeiro, eu faça os desenhos à parte no papel layout e, depois, redesenhe todos os traços já definidos no papel para aquarela (usarei o Fabriano acetinado) e para esse processo transponho a mesma arte através de uma mesa de luz. Cheguei onde eu queria: na mesa de luz, usarei vários lápis fine art de diversas gramaturas, com grafite preto. Mas os rascunhos também estão em preto. Na hora da transposição, eu me perdi várias vezes pois não conseguia distinguir aonde já havia passado o lápis, pois era como passar lápis sobre lápis. Entendeste agora o segredo do joguinho dos sete erros?
Feliz que tenham inventado as grafites coloridas!
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